O estranho costume medieval de envenenar maridos – e outras tradições bizarras da Idade Média

A Idade Média foi um período repleto de costumes curiosos, alguns dos quais soam completamente inacreditáveis para os dias atuais. Entre as lendas que circulam sobre esse período, uma das mais intrigantes vem da França medieval: a prática de envenenar os maridos todas as manhãs, apenas para administrar um antídoto à noite. Embora pareça um enredo de ficção, essa tradição supostamente servia para manter os homens fiéis e presentes em casa. Mas será que essa era a única prática estranha da Idade Média? Nem de longe!

O ritual do veneno e do antídoto: uma estratégia para manter os maridos em casa

De acordo com a lenda, as mulheres casadas de uma determinada cidade francesa preparavam o café da manhã de seus maridos com uma pequena dose de veneno. Esse veneno não era fatal, mas causava sintomas desagradáveis ao longo do dia, como náuseas, dores de cabeça e até crises de depressão. No entanto, ao retornarem para casa, os maridos recebiam o antídoto de suas esposas, aliviando os sintomas quase que imediatamente. Esse ciclo diário criava a sensação de que a ausência prolongada de casa era prejudicial à saúde, fazendo com que os homens retornassem mais cedo e se sentissem gratos à companhia da esposa.

Embora não existam registros históricos confiáveis que comprovem a veracidade dessa prática, a lenda reflete a realidade de uma sociedade em que a fidelidade e a permanência no lar eram extremamente valorizadas. Contudo, essa não foi a única tradição peculiar da Idade Média. Esse período histórico foi marcado por uma série de hábitos que, hoje em dia, pareceriam completamente bizarros.

Outros costumes estranhos da Idade Média

Se envenenar maridos como estratégia conjugal parece extremo, espere até conhecer outras práticas comuns da Idade Média. Esse foi um tempo de crenças peculiares e hábitos nada higiênicos.

1. Banho? Só quando necessário (e isso era raro!)

A higiene pessoal não era exatamente uma prioridade na Idade Média. Muitas pessoas acreditavam que tomar banho frequentemente fazia mal à saúde, pois a água poderia abrir os poros e facilitar a entrada de doenças. Como resultado, os banhos eram esporádicos e, em algumas regiões, limitados a algumas vezes por ano. Perfumes e ervas aromáticas eram usados para disfarçar o mau cheiro.

2. O julgamento por ordálio: a justiça de Deus

Ao invés de investigações cuidadosas e julgamentos justos, muitos acusados de crimes eram submetidos a provas de ordálio. Isso significava, por exemplo, segurar um ferro em brasa ou ser jogado em um rio. Se a pessoa saísse ilesa, era considerada inocente. Caso contrário, era culpada. Essa prática era vista como um julgamento divino, onde Deus determinava o destino do acusado.

3. Médicos sem o menor conhecimento de medicina

A medicina medieval era baseada em teorias rudimentares, como o equilíbrio dos “humores do corpo” – sangue, fleuma, bile negra e bile amarela. Para tratar doenças, os médicos frequentemente recorriam a sangrias (retirada de sangue para “equilibrar” os humores), excrementos de animais e até práticas místicas. Se alguém estivesse doente, era comum que o tratamento envolvesse algo tão absurdo quanto ingerir poções feitas de ingredientes improváveis.

4. Roupas como indicador de status (e regras rígidas sobre o que vestir)

Na Idade Média, as roupas de uma pessoa não eram apenas uma questão de estilo – elas indicavam status social e, em muitos casos, estavam sujeitas a leis rigorosas. Certas cores e tecidos, como o roxo e a seda, eram reservados exclusivamente para a nobreza. Caso uma pessoa comum ousasse usar tais roupas, poderia ser punida severamente.

5. Cidades sujas e doenças constantes

Com ruas repletas de lama, fezes e restos de comida, as cidades medievais eram um verdadeiro paraíso para ratos e doenças. Sem saneamento básico adequado, o lixo era simplesmente jogado pela janela, caindo diretamente nas ruas. Essa falta de higiene contribuiu para a disseminação de pragas mortais, como a Peste Negra, que dizimou milhões de pessoas no século XIV.

Conclusão

A lenda das mulheres francesas que envenenavam seus maridos pode ser um exemplo exagerado dos costumes medievais, mas ela ilustra bem a mentalidade peculiar da época. A Idade Média foi um período de crenças extravagantes, práticas questionáveis e métodos nada convencionais para lidar com problemas do dia a dia. Embora tenhamos evoluído muito desde então, é sempre fascinante olhar para trás e perceber como os costumes e tradições podem mudar drasticamente ao longo do tempo. Quem diria que algo considerado normal naquela época seria visto como absurdo nos dias de hoje?

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